Há amores que precisam se deixarem assim quietos... Disfarçados de coisa alguma, de nada importante, de ja passou.
Sao dessas paixoes estremedoras, daquelas coisas que nos movem a alma ate o ultimo grau das dimensoes. So de pensar, voce sorri e inclina a cabeça. Esse eh o sinal.
Não me refiro a esses amores sem sinal. Amor que não te faz sorrir e inclinar a cabeca não eh amor.
Falo desses que te inclinam o juizo. Meu amigo, esses sim sao perigosos! Sao os amores de ferias, dos lugares magicos, das historias picantes, do desejo de voltar.
E por que deixa-los assim?
Porque a dimensao da magia requer raridade. Requer o desejo de ir ao encontro, de esperar pelo momento, de sofrer na despedida. E essa raridade os tornam magicos, como o eclipse, o trevo de quatro folhas, como as estrelas cadentes. Hum... As estrelas cadentes...
E pensar que elas estao ai a passar toda hora... Todos os dias... E os trevos estao plantados por ai.. Abrindo todos os dias.... Mas ha os tais dias em que escolhemos encontra-los, olhar em sua direcao e ve-los, e ai, meu amigo, eh o efeito desse nosso assunto: amores estrela cadente.
Se as vissemos todos os dias, não seriam a mesma coisa. Se não vissemos nunca, tambem seria outra coisa. Mas o magico esta no aparecer repentino, desavisado, surpreendente e se-du-tor.
Como esse amor.
Que amanha, daqui 2 meses e daqui 4 anos, voce veja seu amor. Não todo dia. Mas que seja cada vez mais frequente, e que a sua espera por ele seja o suspiro de começo de dia e de fim de noite.
Ah....
(pra meu novo amigo Felipe, que você dedique e declame essa poesia em todos os cantos do mundo! E que muitos trevos nos cruzem o caminho todos os dias! Um beijo pra você!)
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