segunda-feira, 3 de abril de 2017

Amores Estrelas Cadentes trevo de quatro folhas



Há amores que precisam se deixarem assim quietos... Disfarçados de coisa alguma, de nada importante, de ja passou. 
Sao dessas paixoes estremedoras, daquelas coisas que nos movem a alma ate o ultimo grau das dimensoes. So de pensar, voce sorri e inclina a cabeça. Esse eh o sinal.
Não me refiro a esses amores sem sinal. Amor que não te faz sorrir e inclinar a cabeca não eh amor.
Falo desses que te inclinam o juizo. Meu amigo, esses sim sao perigosos! Sao os amores de ferias, dos lugares magicos, das historias picantes, do desejo de voltar.
E por que deixa-los assim?
Porque a dimensao da magia requer raridade. Requer o desejo de ir ao encontro, de esperar pelo momento, de sofrer na despedida. E essa raridade os tornam magicos, como o eclipse,  o trevo de quatro folhas, como as estrelas cadentes. Hum... As estrelas cadentes... 
E pensar que elas estao ai a passar toda hora... Todos os dias... E os trevos estao plantados por ai.. Abrindo todos os dias.... Mas ha os tais dias em que escolhemos encontra-los, olhar em sua direcao e ve-los, e ai, meu amigo, eh o efeito desse nosso assunto: amores estrela cadente.
Se as vissemos todos os dias, não seriam a mesma coisa. Se não vissemos nunca, tambem seria outra coisa. Mas o magico esta no aparecer repentino, desavisado, surpreendente e se-du-tor.
Como esse amor.
Que amanha, daqui 2 meses e daqui 4 anos, voce veja seu amor. Não todo dia. Mas que seja cada vez mais frequente, e que a sua espera por ele seja o suspiro de começo de dia e de fim de noite. 

Ah....

(pra meu novo amigo Felipe, que você dedique e declame essa poesia em todos os cantos do mundo! E que muitos trevos nos cruzem o caminho todos os dias! Um beijo pra você!)

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